MUNDIAL DE FUTEBOL - 1930

O futebol é o desporto rei… ponto! Não há volta a dar-lhe, e por muito que venha aqui fazer a apologia do basketball como o melhor jogo coletivo que existe, alguns segundos depois estamos a falar do Ronaldo e do Messi, dos escândalos do futebol português ou da saída do Zidane do Real Madrid…
Vai daí, decidi escrever, nos próximos dias, sobre os Mundiais de Futebol, e as grandes estrelas do jogo, desde o Montevideu 1930!
O primeiro Mundial de Futebol, organizado pela FIFA, foi disputado integralmente em Montevideu, capital e maior cidade do Uruguai, em três estádios: Centenário, Gran Parque Central e Pocitos. Participaram 13 equipas, 7 sul-americanas, 4 europeias e 2 norte-americanas; o primeiro golo foi marcado pela estrela francesa dos anos trinta, Lucien Laurent. nas meias finais encontraram-se Uruguai e Jugoslávia e Argentina com os Estados Unidos; os vizinhos do Rio da Prata despacharam os oponentes por igual e robusto score: 6-1.
A final, disputada a 30 de Junho de 1930 num Centenário de Montevideu com capacidade para 90 mil espetadores completamente lotado, iniciou, pelo menos oficialmente, uma rivalidade que se revelaria histórica, entre dois vizinhos desavindos há muito. Os "hinchas" argentinos gritavam "victoria o muerte" e o clima na "cancha" foi pesado; Stabille, melhor marcador do torneio, fez os dois golos da Alvi-Celeste; o último dos Charruas foi marcado pela primeira estrela do futebol com handicap: Hector Castro, avançado uruguaio, não tinha a mão direita. El Divino Manco perdeu a mão num acidente de trabalho, com apenas 13 anos.

Foi o Mundial possível, em tempo de total domínio sul-americano, o que terá ajudado a decidir da sua localização… naquele tempo, viajar entre continentes era difícil, e essa terá sido a razão principal para a escassa participação dos europeus; marcaram-se 70 golos, o melhor marcador marcou 8; destacaram-se, para além dos já referidos, o keeper francês, Alex Thépot, o defesa Ivkovic, Jugoslávia e o médio Fausto, do Brasil.
Venha o Mundial de Itália, o primeiro, o da propaganda fascista, em 1934!